segunda-feira, 20 de julho de 2009

A verdade!

" Não há na história, na vida social, nada de fixo, de enrijecido, de definitivo. E não existirá nunca. Novas verdades aumentam o patrimônio da sabedoria; ncessidades novas superiores são suscitadas pelas novas condições de vida; novas curiosidades intelectuais e morais pressionam o espírito e o obrigam a renovar-se, a melhorar."

Antonio Gramsci
O filosofo e cientista política comunista e anti-fascista italiano Antonio Gramsci (1891-1937) era filho de camponeses. Aos 20 anos foi para Turim e envolveu-se na luta dos trabalhadores. Em 1921 ajudou a fundar o partido comunista italiano e se destacou na oposição a Mussolini. Preso em 8 de novembro de 1926, produziu na cadeia mais de três mil páginas nas quais, obrigado pela censura carcerária, teve de inventar termos novos para camuflar conceitos que podiam parecer revolucionários demais aos olhos dos censores.Gramsci morreu jovem, aos 46 anos, passando os últimos 10 anos na cadeia e em regime de detenção em hospitais. Ligeiramente corcunda, desde criança sofreu terríveis males físicos e nervosos. As condições carcerárias, as doenças e a solidão o levaram a morte precoce. A repressão fascista o impediu de prosseguir a ação política. Separado da mulher e dos filhos, que viviam na URSS, sofreu inúmeras crises de melancolia. O partido comunita virou-lhe as costas. Mas, apesar das condições tão adversas, Gramsci penetrou a realidade com sua inteligência e construiu um conjunto de princípios originais, ultrapassando na linha do pensamento marxista as fronteiras até então fixadas por Marx, Engels e Lênin.Os escritos de Gramsci só foram publicados em livros a partir de 1947. Nesse ano foram publicadas cartas escritas por Gramsci na prisão. Entre 1948 e 1951 foram publicados outros textos tais como: O Materialismo Histórico e a Filosofia de Benetto Croce(1948), Os Intelectuais e a Organização da Cultura (1949), O Ressurgimento (1949), Literatura e Vida Nacional (1950), Passado e Presente (1951). No seu livro “Literatura e vida nacional” que completa a trilogia iniciada pelo “Os intelectuais” e a “Organização da Cultura”, traz na sua primeira parte os “Cadernos do cárcere” onde ele aborda problemas de crítica literária, o caráter não nacional-popular da literatura italiana, a literatura popular, os netos do padre Bresciani, língua nacional e gramática e observações sobre folclore. Na segunda parte ele traz crônicas teatrais sobre a arte Shakespeare, Pirandello e outros autores. A influência póstuma de Gramsci encontra-se associada principalmente aos mais de trinta cadernos de análise histórica e filosófica que escreveu durante o período em que esteve na prisão. Estes trabalhos, conhecidos coletivamente como Cadernos do Cárcere, contém o pensamento maduro de Gramsci sobre a história da Itália e nacionalismo, bem como idéias sobre teoria crítica e educacional que são freqüentemente associadas com o seu nome.

GRAMSCI, Antonio. Literatura e vida nacional. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.


terça-feira, 7 de julho de 2009

Amissão


Eis um teste para saberes se terminaste a tua missão na Terra: se estás vivo, não a terminaste.
(Richard Bach)